A aquisição da Sigma Lithium seria uma maneira de garantir matérias-primas para a fabricação dos veículos elétricos da BYD
A BYD pretende entrar com tudo no mercado brasileiro. A empresa chinesa está prestes a iniciar a construção de sua fábrica de automóveis e baterias em Camaçari, na Bahia. Além disso, a fabricante de veículos elétricos negocia a compra da Sigma Lithium, maior mineradora de lítio do Brasil.
Sigma Lithium na mira dos chineses
Segundo reportagem do jornal Financial Times, o negócio tem potencial para movimentar aproximadamente R$ 14,3 bilhões, considerando a avaliação da companhia. O presidente da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, disse que já ocorreram discussões com a Sigma Lithium sobre um possível acordo de fornecimento, joint venture ou aquisição, mas que ainda não existe nada de concreto.
A empresa é dona de uma operação de mineração de lítio no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, e a aquisição pela empresa chinesa seria uma maneira de garantir matérias-primas para os veículos. O Vale do Jequitinhonha se tornou um grande atrativo para multinacionais de extração de lítio, minério essencial para as baterias que hoje já chamado de “ouro branco” por causa da alta demanda. Além disso, a região também se destaca por fornecer lítio verde, produzido de forma mais sustentável em relação a fabricantes tradicionais de outros países. As informações são do Terra.
Os planos da BYD
Atualmente, a BYD está construindo uma fábrica de carros no Brasil. O projeto faz parte de um investimento de R$ 3 bilhões e permitirá a produção de três modelos, o híbrido flex Song e os elétricos Dolphin e Yuan, além de ônibus e caminhões. O início da produção está previsto para o final de 2024. Quando a empresa anunciou as instalações no Brasil, também foi prevista, na segunda fase, uma unidade de processamento de lítio, completando assim as três fábricas que o grupo prometeu ao governo da Bahia. No ano passado, chegaram a circular rumores no mercado dando conta que a Sigma Lithium estava na mira de Elon Musk, dono da Tesla. Meses depois, a empresa informou que estava avaliando propostas para vender sua operação, mas não anunciou quem seriam os potenciais compradores.
Por Alessandro Di Lorenzo,
editado por Lucas Soares
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