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Direcional registrou um recorde absoluto de vendas líquidas para um trimestre, atingindo R$ 1,6 bilhão

A Direcional (DIRR3) divulgou seu resultado referente ao 2T24, com números acima do esperado pelo mercado, crescendo 52% em relação ao 1T24

Os lançamentos cresceram 52% em relação ao 1T24, totalizando um valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,4 bilhão (R$ 1,2 bilhão no % Companhia) no trimestre em 16 empreendimentos.

A Direcional registrou um recorde absoluto de vendas líquidas para um trimestre, atingindo R$ 1,6 bilhão (R$ 1,3 bilhão no % Companhia), crescimento de 68% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Riva foi destaque novamente no período, com alta de 87% nas vendas líquidas. A receita líquida foi de R$ 844 milhões no trimestre, aumento de 39,4% na comparação anual. Se considerarmos a linha de equivalência patrimonial (que engloba projetos de controladas), a receita com vendas de imóveis seria de R$ 1,1 bilhão, 40% acima do 2T23.

Novamente, a margem bruta (ajustada) foi destaque ao atingir 38,1% no período, cerca de 1,6 p.p. acima do 2T23. Neste caso, exclui-se o efeito dos juros capitalizados no custo e do Programa Pode Entrar, em razão das características particulares do programa. Vale comentar sobre a Margem REF, que seguiu em trajetória crescente (43,4%) e é um bom indicativo para os exercícios futuros.

Com a nítida alavancagem operacional, o Ebitda ajustado da Direcional foi de R$ 206,9 milhões, valor 56,8% superior ao 2T23, com crescimento de margem para 24,5%.

Desconsiderando efeitos não recorrentes (que elevariam a linha final), o Lucro Líquido Operacional do 2T24 foi de R$ 135 milhões, crescimento de 82% sobre o 2T23 e de 12,5% sobre o 1T24. O ROE Anualizado Ajustado atingiu 25% – o maior patamar da história da companhia.

A geração de caixa totalizou R$ 219 milhões, favorecida pela liquidação de uma operação de venda de carteira de recebíveis no período. Com isso, a Direcional encerrou o trimestre com caixa líquido equivalente a 6,3% do patrimônio líquido, nível bem controlado.

No geral, o resultado operacional apresentou números acima das expectativas do mercado, com ótima performance de vendas e rentabilidade. Com alto VSO, a Direcional tem conseguido cumprir com o seu objetivo de elevar o giro do seu estoque, o que permite a manutenção de um forte ritmo de lançamentos.

Consequentemente, notamos o aumento sequencial dos dividendos da companhia: em julho, foi aprovado o pagamento de R$ 277 milhões (R$ 1,60 por ação) aos acionistas. Nos últimos 12 meses, o dividend yield da empresa é de 7,2%.

Negociando a um múltiplo P/E de 7 vezes para 2025 e distribuindo cada vez mais dividendos, as ações da DIRR3 seguem entre as recomendações da Empiricus.

Caio Nabuco de Araújo, analista da Empiricus Research